Por questões culturais, existe uma lei no Catar que não permite que as mulheres usem biquíni em locais públicos. Nesse sentido, a regra acabou impactando na disputa de uma etapa do Circuito Mundial feminino de vôlei de praia, que ocorrerá no país a partir do próximo dia 8. Contudo, após a repercussão negativa, o governo local decidiu suspender as restrições nesta quarta-feira (24).
A proibição não foi bem vista por algumas duplas participantes. Uma delas, inclusive, decidiu por fazer um boicote e não comparecer na competição. As alemãs Karla Borger e Julia Sude, consideradas as melhores do país no esporte, afirmaram que “estão sendo impedidas de usar suas roupas de trabalho”. O técnico da dupla, Thomas Kaczmarek, apoiou a decisão, dizendo que “como mulheres, não vão se submeter a tal demanda num evento de visibilidade mundial”.
Ao que parece, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) entrou em contato com a Associação de Vôlei do Catar (QVA) para discutir o uso de biquínis no torneio. Para evitar polêmicas, o país decidiu autorizar as vestimentas. A FIVB anunciou, em nota para imprensa, que “o vôlei de praia feminino deve ser julgado pela perfomance e esforço, não pelo uniforme”.
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